O julgamento dos responsáveis pela Massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, será retomado nesta segunda-feira (15/4). O julgamento de 26 policiais militares acusados pelas mortes de 15 dos 111 presos assassinados teve inicio na semana passada mas o conselho de sentença precisou ser dissolvido depois que uma das juradas sentiu-se mal ao ler o resumo do processo. Segundo laudo da equipe de saúde do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) não seria possível que a jurada continuasse em plenário para a continuidade dos trabalhos.
Segundo o promotor do caso, Fernando Pereira da Silva, o adiamento apesar de atrapalhar um pouco não causa grande revés. “Houve uma preparação, mas a preparação feita para esta semana se mantém para a semana que vem”, afirmou.
Para a defesa o adiamento do início do julgamento não trás problemas. “Eu espero que venham [a opinião pública] mantendo a mesma insenção de ânimo que tem mantido até aqui”, afirmou Ieda Ribeiro de Souza,advogada dos 26 réus que respondem a esta primeira parte do processo.
Dois réus não estavam presentes no Plenário 10 do Fórum da Barra Funda. Segundo a defesa, Argemiro Candido e Reinaldo Henrique de Oliveira não compareceram por motivos de saúde. A presença deles nesta segunda-feira (15/4) também não é certa.
A defesa dos 26 réus havia pedido ao TJ-SP o sigilo dos nomes dos acusados. Segundo Ribeiro o pedido feito havia sido deferido pelo tribunal e ela estuda o que fazer sobre esta questão. “Era uma questão de segurança a omissão do nome dos meus clientes em virtude, inclusive, de ataques [à PMs em ações coordenadas pelo PCC] que sofremos no ano passado”, afirmou a advogada.
O MP-SP disse respeitar a decisão tomada pelo TJ-SP “Muito embora o próprio site do Tribunal de Justiça traz estas informações, que são informações públicas. Há 20 anos os nomes destes policiais são conhecidos”, falou o promotor responsável pelo caso.
12 de dezembro
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