Adiado julgamento do Massacre do Carandiru após jurada ter passado mal

Foi suspenso nesta tarde (08/04) o julgamento do caso conhecido com o Massacre do Carandiru. O adiamento ocorreu pelo fato de uma jurada ter passado mal durante a leitura de peças processuais.

Julgamento – O júri popular teve início na manhã desta segunda-feira cerca de duas horas e meia de atraso, por volta das 11h30, no Fórum da Barra Funda.

Cinco mulheres e dois homens foram selecionados como jurados, tendo cada um deles recebido um documento para que eles rememorassem o caso. A leitura dos documentos durou cerca de 40 minutos, sendo posteriormente liberados para o almoço.

O adiamento foi comunicado no retorno do intervalo do almoço, por volta das 14h30.

Decisão – De acordo com a decisão do magistrado que preside o julgamento, José Augusto Nardy Marzagão, determinou que o novo júri será retomado na próxima segunda-feira (15/04) às 9 horas.

Com a suspensão, um novo júri deve ser escolhido sem a presença dos jurados anteriores, devendo haver novo sorteio, conforme comunicado do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Caso – O massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 de outubro, de 1992, quando detentos do pavilhão nove da Casa de Detenção fizeram uma rebelião. A Tropa de Choque da polícia invadiu o edifício, resultando na morte de 111 presos.

Após mais de 20 anos, cinco acusados já morreram, inclusive o comandante da ação, o coronel Ubiratan Guimarães, que já havia sido julgado e inocentado.

Foram acusados 79 policiais militares, sendo o julgamento dividido em duas etapas. Na primeira, que ocorreria hoje, 26 dos réus seriam julgados. Esses réus atuaram no segundo pavimento do presídio, eles respondem por 15 acusações de homicídio qualificado.

Os acusados dessa primeira etapa são: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornelas Santos, Wlandekis Antonio Candido Silva, Roberto Alberto da Silva, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Joel Cantilio Dias, Pedro Paulo de Oliveira Marques, Gervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antonio de Medeiros, Paulo Estevão de Melo, Haroldo Wilson de Mello, Roberto Yoshio Yoshikado, Fernando Trindade, Salvador Sarnelli, Elder Tarabori, Antonio Mauro Scarpa, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Sidnei Serafim dos Anjos, Eduardo Espósito, Maurício Marchese Rodrigues, Marcos Ricardo Poloniato, Argemiro Cândido e Reinaldo Henrique de Oliveira.

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