Recebida denúncia de exploração sexual realizada na região da Usina de Belo Monte

A Justiça Federal de Altamira (PA) recebeu denúncia contra seis pessoas acusadas de estarem envolvidas na exploração sexual na região das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. A denúncia foi recebida pelo juiz federal Marcelo Honorato.

Caso – O Ministério Público Federal denunciou Claci de Fátima Morais da Silva, Adão Rodrigues, Solide Fátima Triques, Moacir Chaves, Carlos Fabrício Pinheiro e Adriano Cansan pela prática de exploração sexual. O esquema foi descoberto após realização de duas operações policiais contra a exploração sexual, deflagradas no dia 13 de fevereiro.

Durante as operações foram encontradas 15 mulheres e uma travesti provenientes de outros estados com indicação de serem vítimas de exploração sexual.

De acordo com a denúncia todos os denunciados tinham ligações com a exploração sexual que ocorria em um estabelecimento chamado Boate Xingu, que funcionava próxima a um dos três canteiros de obras da usina.

O MPF afirmou ainda que uma das acusadas, Claci era proprietária de uma boate no Estado de Santa Catarina onde, com o apoio de Moacir Chaves, mulheres eram aliciadas com a promessa de que elas ganhariam até R$ 1 mil por dia trabalhando na barragem.

A denúncia afirma que as vítimas eram levadas de van para Altamira, uma viagem de cerca de 4 mil quilômetros, e ao chegarem na boate eram recebidas por Adão Rodrigues, apontado na denúncia como proprietário do estabelecimento e mentor do grupo criminoso, e por sua mulher Solide Fátima Triques.

O órgão ministerial aponta que as jovens eram acomodadas em quartos precários, muitos deles trancados do lado de fora. Os acusados Pinheiro e Cansan, eram o gerente da boate e o garçom, que também atuava como segurança do local, sendo ambos responsáveis por vigiar as vítimas e impedir que as mulheres deixassem o local.

O início das investigações ocorreu após uma adolescente ter fugido do local e denunciado o cárcere privado, segundo o depoimento, ela era obrigada a se prostituir no local. A menor foi incluída no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte.

A construção da Usina vem sendo alvo de protestos e críticas em todo o país.

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