Criticas à juiza do caso do goleiro Bruno marcam o primeiro dia de julgamento

O advogado de Ércio Quaresma, o Bola, um dos réus do julgamento pela morte de Eliza Samudio, que teria tido um filho com o goleiro do Bruno Fernandes, abandou o caso por considerar que há uma “falta de imparcialidade” no julgamento. O advogado de Macarrão, Luiz Henrique Romão, também sinalizou que sairia do caso, mas voltou atrás. As informações são do portal IG.

A juíza caso, Marixa Fabiane Lopes colocou a disposição de Bola um defensor público para representá-lo, porém ele não aceitou e terá dez dias para apresentar um novo advogado.

Além da polêmica inicial, no primeiro dia de julgamento – que de acordo com as previsões pode durar até 10 dias – foi escolhido o Conselho de Sentença que determinou que seis mulheres e um homem decidirão pela absolvição ou culpa dos réus. Os jurados serão Ana Lídia Costa Gouveia; Tania Márcia Caetano Moreira; Ivone Bispo Dias; Elizangela Rosilene Costa; Roberto Severo; Lilian Queiroga; Ana Lúcia de Oliveira.

Bruno e Macarrão são julgados pelas acusações de sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver. Bola responde pelo assassinato e ocultação do cadáver de Elisa. Também estarão no salão do Tribunal do Júri do Fórum de Contagem a ex-mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo, acusada do sequestro e cárcere privado, e outra amante de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, que será julgada pelo sequestro e cárcere privado de Elisa e do bebê que a jovem teve com o jogador.

Como o corpo de Eliza não foi encontrada, a defesa defende a tese de que o crime apontado pela Polícia Civil e pelo MPE (Ministério Público Estadual) de Minas nunca aconteceu. Porém, o promotor Henry Wagner Vasconcelos, ser responsável pela acusação, descartou a hipótese e disse que a “senhora Eliza Samudio está morta”. “Temos nos autos inúmeras provas que nos levam a essa percepção”, afirmou.

Durante o julgamento de hoje, Vasconcelos solicitou que fossem retiradas fotos e informações com conteúdo pornográfico do inquérito que teriam como único objetivo “alvitar a honra da vítima”.