Está marcado para hoje (19/11), a partir das 9 horas, no Fórum de Contagem (MG), o início do júri popular do réu Bruno Fernandes das Dores de Souza – ex-goleiro do Flamengo – e outros quatro réus acusados da morte de Eliza Samúdio, ex-amante do atleta.
Réus – Além de Bruno, respondem a ação penal pela suposta prática dos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), sequestro e cárcere privado, os réus Luiz Henrique Ferreira Romão (“Macarrão”) e Marcos Aparecido dos Santos (“Bola”).
A ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, responde pela suposta prática dos crimes de sequestro e cárcere privado de Bruninho (filho do ex-goleiro com Eliza Samúdio). A ex-namorada do atleta, Fernanda Gomes de Castro, é ré pelas supostas práticas de sequestro e cárcere privado de Eliza Samúdio e Bruninho.
Julgamento – A sessão de julgamento de Bruno e dos demais réus será presidida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara do Tribunal do Júri de Contagem. A acusação ficará sob a responsabilidade do promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos de Castro.
A expectativa é que o julgamento dure até duas semanas, dada a complexidade do caso e o número de réus e testemunhas. Foram arroladas 30 testemunhas para o plenário – cinco da acusação e outras 25 arroladas pelas defesas dos réus (cinco testemunhas por réu).
Encerrada a fase dos depoimentos das testemunhas, os réus serão interrogados e, posteriormente, serão iniciados os debates entre a acusação (Ministério Público) e a defesa – é muito provável que o órgão ministerial requeira o uso da réplica, o que, obrigatoriamente, leva a defesa dos acusados a apresentarem a tréplica.
Somente após os debates, os sete jurados que integram o conselho de sentença se reunirão em sala secreta para darem o veredicto do julgamento – se condenam ou absolvem os réus acusados da morte de Eliza Samúdio. Em caso de condenação, a juíza presidente aplicará a pena aos réus.
Preparativos – Durante toda a semana passada, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais expediu notas à imprensa e a diretora do foro de Contagem, Christiana Motta Gomes, expediu portaria, na qual disciplina o ingresso e a permanência dos cidadãos no prédio do fórum.
Marixa Fabiane Lopes Rodrigues já informou que não concederá entrevistas durante o julgamento. A magistrada permitirá, durante cinco minutos, a realização de imagens do plenário, a exceção dos jurados – jornalistas ou pessoas que forem flagrados fazendo gravações durante o julgamento serão retirados do plenário.
Histórico – Eliza Samúdio desapareceu em 2010. O Ministério Público sustenta que ela foi levada à força para o sítio de Bruno, em Minas Gerais, onde teria sido mantida em cárcere privado e, posteriormente, morta. Laudo da Polícia Civil localizou sangue da vítima num carro do ex-atleta.
O cadáver de Eliza Samúdio nunca foi localizado – todos os réus negam a prática do crime e sustentam que não há provas para eventual condenação. O advogado do ex-goleiro declarou recentemente que Eliza Samúdio estaria viva.
12 de dezembro
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