RIO — O pessimismo do mercado financeiro quanto ao crescimento da economia brasileira se aprofunda a cada semana. Pela oitava vez consecutiva, os analistas reduziram sua previsão para o o avanço do Produto Interno Bruto (PIB, total de bens e serviços produzidos) em 2012, de 2,18% para 2,05%, mostrou nesta segunda-feira o boletim semanal Focus, do Banco Central (BC). Para 2013, a expectativa de crescimento foi mantida em 5,50%. Em 2011, o país cresceu 2,7%.
O Focus apresenta uma média das expectativas dos economistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
A erosão das previsões atingiu também o BC e o governo. Admitindo que a crise internacional é mais grave que o previsto anteriormente, a autoridade monetária cortou sua estimativa de avanço do PIB de 3,5% para 2,5%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também disse na semana passada que havia revisado a projeção do governo para 2,5%.
As estimativas para a inflação também continuaram em trajetória de queda, permanecendo abaixo da marca de 5%. O mercado agora prevê que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, tenha alta de 4,93% no ano, em vez dos 4,95% que eram estimados na semana anterior.
A desaceleração da inflação, como sinalizado por vários indicadores recentes, dá respaldo à política do BC de redução da taxa básica de juros, a Selic, já na mínima recorde de 8,5% ao ano. Esta semana, os analistas mantiveram a perspectiva de que a Selic feche o ano em 7,5%.
16 de dezembro
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