A defesa do procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, réu pelo assassinato do sobrinho, Cláudio Alexander Zeolla, de 23 anos, chamou dois procuradores e um promotor de Justiça para testemunharem a favor no júri, que será realizado no dia 21 de junho.
O juiz Alexandre Ito, da 1º Vara do Tribunal do Júri, responsável pelo processo, convocou os integrantes do Ministério Público Estadual para estar no plenário. São eles o promotor João Albino Cardoso Filho e os procuradores Marcos Antonio Sotoriva e Irma Vieira de Santana Anzotegui, ex-procuradora-geral de Justiça em Mato Grosso do Sul. Também foram chamados a depor dois servidores do MPE (Ministério Público Estadual) que trabalharam com Zeolla quando ele era promotor, em Naviraí.
O advogado do procurador, Ricardo Trad, informou que os colegas foram chamados para falar do convívio que tiveram com o procurador.
Arma-Foi solicitado pelo magistrado que seja levada ao plenário a arma usada por Zeolla no dia do crime, 3 de março de 2009. Ele atirou pelas costas contra o sobrinho, que morreu no local.
Ainda não foram arroladas as testemunhas da acusação. Durante o andamento do processo, foi informado que o adolescente que dirigiu o carro no qual Zeolla foi até o local do crime e depois deixou o lugar será ouvido em plenário.
Por causa dessa possibilidade, foi mantida a prisão do réu, durante análise feita pelo mutirão carcerário. Zeolla está preso desde o dia em que matou o sobrinho, mas numa clínica para pacientes psiquiátricos.
Acusação- Ele vai ser julgado por homicídio doloso qualificado pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A acusação também havia apontado crime por motivo torpe, o que foi retirado da peça acusatória pelo TJ (Tribunal de Justiça).
O procurador será julgado, ainda, por entregar direção de veículo automotor a pessoa sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação), o adolescente que virou testemunha do caso.
A defesa de Zeolla alegou insanidade mental durante o processo. Dois laudos avaliaram a sanidade mental do procurador. O primeiro concluiu que o procurador sofre de transtorno bipolar, mas tem consciência sobre o ato criminoso.
O segundo, elaborado pelo psiquiatra Guido Palomba, indica que Zeolla é semi-imputável, ou seja, tem consciência parcial de seus atos, e apresenta alta periculosidade social.
A decisão do então juiz do caso, Carlos Alberto Garcete, foi de que o caso deveria ir a júri, a quem caberá decidir se o procurador tinha ou não consiencia dos atos e pode ser punido pelo crime.
16 de dezembro
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