Quatro policiais da Força Tática do 18º Batalhão, acusados de pertencer a um grupo de extermínio que atua na zona norte de São Paulo, foram presos neste sábado (16/2). O sargento José Rivanildo da Silva Sá e os soldados Luzinário Moreira do Nascimento, Ricardo Gonçalves de Moraes e Eliabe Antonio de Mello são acusados de matar dois homens para encobrir a autoria de uma chacina.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, os quatro são acusados de matar dois homens com antecedentes criminais. No relatório enviado à Justiça, os policiais que investigam o caso sustentaram que as prisões dos policiais militares eram necessárias para que os acusados não eliminassem provas nem intimidassem testemunhas.
De acordo com a versão dos policiais do 18º Batalhão, em 24 de maio, depois das 20h, os dois homens mataram três pessoas em um bairro da zona norte, foram perseguidos e morreram durante o tiroteio. Já o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), levantou provas de que os dois acusados já estavam presos horas antes da chacina.
Um dos homens teria usado um celular para tirar fotos dele e do outro homem em um carro, ao lado do que parece ser uma Blazer da Força Tática. As imagens foram feitas às 16h51 e 16h52. O homem escondeu na cueca o celular, só encontrado quando ele foi levado ao Hospital de Taipas. Além disso, a mulher dele viu quando o marido e o parceiro foram detidos pelos policiais, às 15h30.
Os policiais acusados de matar os dois homens estavam lotados na Força Tática do 18º Batalhão. O batalhão era comandado pelo coronel José Hermínio Rodrigues, morto no começo do ano. A polícia suspeita que o militar tenha sido morto porque combatia a atuação de policiais em grupos de extermínio em São Paulo.
Além da chacina e das mortes dos dois homens, os policiais do 18º Batalhão são investigados sob a suspeita de terem participado de outras três chacinas ocorridas em 2007. Ao todo, 20 pessoas morreram nesses crimes.
Revista Consultor Jurídico
12 de dezembro
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